A Secretaria de Saúde, em parceria com a Vigilância em Saúde, já vacinou mais de 100 pessoas na área rural de Louveira, do dia 10/02 a 18/03. 
A equipe de vacinação está devidamente identificada com carro oficial. 
O objetivo dessa ação é vacinar aqueles que residem nas áreas de maior risco e que ainda não tenham tomado a vacina.

Nas casas fechadas a equipe está deixando uma orientação por escrito para que os moradores procurem uma Unidade de Saúde para avaliar seu esquema de vacinação contra a febre amarela. 
No entanto, se os moradores dessas áreas rurais ou próximas de mata já quiserem avaliar se estão devidamente vacinados ou não, podem procurar qualquer Unidade de Saúde.

PRIMEIRO CASO DE FEBRE AMARELA EM MACACOS

O primeiro caso de febre amarela em macacos foi confirmado em Louveira nessa segunda, 17 de março. O resultado foi liberado pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) a partir da análise de fragmentos de órgão do animal encaminhado para o laboratório de referência em 27 de fevereiro. 
Através desta confirmação, o Estado reclassifica automaticamente Louveira de Área Ampliada para Área Afetada. 

Assim como os humanos, os macacos são vítimas da doença. 
É importante lembrar que os macacos não transmitem a doença, mas também ficam doentes, e não devem ser agredidos.
Eles atuam como sentinelas, sendo os primeiros a serem picados e adoecerem, e servem como referência da circulação do vírus naquela área.

Este fato reforça ainda mais que é essencial que as pessoas procurem uma Unidade de Saúde para avaliar se estão vacinadas contra a febre amarela.
A vacina está disponível nas seis Unidades de Saúde de Louveira.

E se você achar um macaco morto, entre em contato com a Vigilância em Saúde através dos telefones 3878-3630 ou 3878-2323.

A VACINA
A vacina contra a febre amarela está indicada para pessoas de 9 meses (primeira dose), 4 anos (segunda dose) e pessoas de 5 anos ou mais que não foram vacinadas anteriormente (dose única), conforme quadro abaixo:
 
Não devem se vacinar: pessoas com alergia grave ao ovo, pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor que 350, pessoas em tratamento com quimioterapia/radioterapia, pessoas portadoras de doenças autoimunes e pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).
Se você não sabe ou não tem certeza se já foi vacinado contra a febre amarela, procure a Unidade de Saúde mais próxima de sua casa o mais rápido possível com um documento com foto ou cartão cidadão e carteirinha de vacinação, se possuir.

SOBRE A DOENÇA
A febre amarela é uma doença viral aguda, imunoprevenível, transmitida ao homem e a primatas não humanos (macacos), por meio da picada de mosquitos infectados. 
Possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. 
Em áreas de mata, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Já nas áreas urbanas, o vetor do vírus é o Aedes aegypti.

A maior frequência da febre amarela ocorre entre os meses de dezembro e maio, período com maior índice de chuvas, quando aumenta a proliferação do vetor.

Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver alguns sintomas, como: febre alta, icterícia, hemorragia, e eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. 
Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. 
Assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, mesmo leves, é fundamental procurar um serviço de saúde imediatamente.