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Desenvolvimento Econômico | 27/06/2023

Com subvenção da Prefeitura, produtores rurais de Louveira compram as primeiras telas para proteger suas lavouras

O Incentivo ao Cultivo Protegido é um programa inédito em Louveira, viabilizado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que prevê recursos de até R$ 500 mil para a aquisição de telas, filmes plásticos, ráfias e estruturas para proteção da lavoura contra intempéries e ataque de pássaros; o novo Programa faz parte do Plano de Trabalho de Louveira para a  Agricultura, que abrange  outros Programas como o subsídio de 20% do prêmio do seguro agrícola, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e o premiado Programa de Incentivo a Fruticultura (PROMIF)

A Prefeitura de Louveira, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, tem atuado intensamente para implantação de novos projetos voltados ao incentivo e fortalecimento da produção agrícola. O Programa Incentivo ao Cultivo Protegido é um dos destaques dentro das políticas públicas. Com recursos de até R$ 500 mil para a agricultura, a Prefeitura subsidia a compra de telas, filmes plásticos, ráfias e estruturas para proteção da lavoura. Esses materiais são utilizados para proteção contra o ataque dos pássaros, contra chuvas de granizo e até mesmo para evitar problemas decorrentes de chuvas intensas, como no caso das estufas que ainda proporcionam um ambiente propício ao desenvolvimento das plantas com menor utilização de agroquímicos. Anunciado em março pelo Prefeito Estanislau Steck, no pacote de ações em comemoração aos 58 anos de Louveira, o programa vem dando resultados positivos, com as primeiras aquisições das telas por parte dos produtores.

“Em Louveira, nós trabalhamos para fortalecer a agricultura e apoiar no que for necessário. A fruticultura faz parte da essência, carrega a história do início da nossa cidade e da nossa gente. E esse é o papel da Prefeitura, atuar com programas que beneficiam o desenvolvimento econômico da cidade, claro, sempre com ações sustentáveis, pensando na preservação do Meio Ambiente. E é o que temos feito. Esse programa novo ajuda muito os produtores, porque a tela é um investimento alto, porém cada vez mais necessário para proteção contra o ataque dos pássaros que têm feito um estrago grande nos parreirais e também plantações de outras frutas. Essa nova iniciativa prevê também a aquisição de telas antigranizo que, além da produção, protege também a planta”, disse o Prefeito Estanislau Steck. O Prefeito ressalta ainda que os produtores de hortaliças também poderão ser contemplados com os recursos, para instalação ou reforma de suas estufas.

De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Louveira, Pedro Geraldo de Campos Neto, a Prefeitura contribui para a aquisição das telas, filmes plásticos, ráfias e estruturas para proteção da lavoura. O auxílio para cada produtor é de até 50% do investimento feito na lavoura e limitado ao valor de R$ 30 mil por ano.

“A agricultura é uma das prioridades da Secretaria para o desenvolvimento econômico de Louveira, e mais do que isso, faz parte da nossa história e tradição. Considerando isso, o que a   Prefeitura faz, na verdade, é reembolsar metade do investimento em materiais de proteção, que são tão importantes para a lavoura, e que tem um valor elevado. O programa visa contribuir para que os produtores tenham condições de manter essa tradição, principalmente do plantio de uva”, ressalta o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Louveira, Pedro Geraldo de Campos Neto. 

Primeiras aquisições por meio do Programa Incentivo ao Cultivo Protegido

Na propriedade dos irmãos Lorenzon, na Abadia, a tela, adquirida com o auxílio do Programa Incentivo ao Cultivo Protegido, já foi instalada em parte da plantação de uva. Um dos proprietários, Gilberto Lorenzon, ressalta a importância do programa para amenizar as perdas da colheita.  

“O subsídio da Prefeitura ajuda muito; e a tela é a única maneira de proteger o parreiral contra os pássaros. A maritaca, principalmente, estraga demais os cachos de uva, e inclusive em outras culturas. Conheço vários produtores de milho que também reclamam dos estragos feitos pela maritaca. Esse modelo de tela que escolhemos também já protege a lavoura contra o granizo. Antes fazíamos o seguro do valor da produção, mas agora não precisamos mais e com a tela temos não só a proteção dos frutos, mas também das plantas que ficam muito prejudicadas após exposição a uma chuva de granizo”, disse o produtorGilberto Lorenzon. Na propriedade da família, de 7 mil pés de uvas, uma parte considerável já está protegida, mas a intenção é fechar com tela todo o parreiral.

O funcionário da propriedade, Juliano Alves, ajudou os irmãos na instalação das telas de proteção e explica a importância delas. “Colocamos a tela há um mês e já estamos vendo a diferença. Colhemos pela primeira vez em maio. Como não tinha ainda a tela, teve ‘rua’ que nós não conseguimos aproveitar nem 20% dos cachos. Porque o pássaro, a maritaca, principalmente, pousa e bica alguns frutos e depois segue de galho em galho; então o estrago é bem grande. A gente espanta com barulho, mas elas pousam em outro galho. E com as telas agora, acreditamos que essa situação não vai mais acontecer”, disse o funcionário, Juliano Alves. 

Ele fala também sobre os investimentos da tela. “Na verdade, o investimento é bastante alto. A tela é cara. Então por isso que o Programa da Prefeitura ajuda demais. O que fazemos é investir, e depois a Prefeitura reembolsa metade daquilo que investimos. O agrônomo vem e faz a vistoria; temos que apresentar as notas do que gastamos, as coordenadas geográficas de onde instalamos o material; é todo um processo que vale muito a pena, porque, pelas contas que fizemos, em um ano o valor investido é diluído, porque no futuro conseguiremos colher muito mais uvas”, ressalta.

Sonho

Um dos responsáveis pela propriedade, João Lorenzon, conta que investir no parreiral em Louveira era um sonho dos dois irmãos, vindos por conta das histórias dos antepassados italianos. Naturais de Vinhedo, eles contam que escolheram Louveira justamente pelas subvenções da gestão municipal para incentivar o trabalho dos agricultores. No caso de João, ele deixou de atuar na área de tecnologia para trabalhar com a terra.

“Esse era um sonho antigo, que começamos há 2 anos, depois que aposentamos. Estudamos várias cidades, mas escolhemos Louveira por dois motivos importantes: primeiro a Prefeitura apoia muito os agricultores: temos a disposição tratores e implementos para o preparo do solo para plantio, um agrônomo que acompanha toda nossa luta do início, e ainda ajuda, com as subvenções. O segundo motivo é justamente porque Louveira é uma cidade especial, no sentido de preservação ambiental; ela se desenvolve, tem as empresas, mas a população faz questão e preservar o Meio Ambiente, então isso valoriza muito a produção rural”, disse João Lorenzon.