Cerca de 20 operários estão envolvidos no processo de limpeza e restauração do prédio da Estação Ferroviária de Louveira. Esta semana, os funcionários estão trabalhando na recuperação da estrutura do telhado da gare com lixamento das ferragens para aplicação do fundo antioxidante, fase que antecede a pintura.   

Também está sendo feita a remoção dos azulejos que, com o passar dos anos, foram soltando da estrutura e deixando lacunas que hoje estão preenchidas com argamassa. Os funcionários da obra, no entanto, estão retirando a argamassa e removendo  cuidadosamente as peças soltas, para em seguida reintegrá-las, juntas, em lacunas menores.  Já as lacunas que ficarão vazias serão preenchidas por azulejos novos, produzidos com o mesmo design do antigo. “As novas peças deverão estar agrupadas, procurando manter padrões regulares, de forma a minimizar o efeito dálmata, uma vez que por mais próximas que estejam das originais, as peças novas não terão o desgaste do tempo das antigas”, explica o engenheiro da Prefeitura, Ricardo Pissulin.

A equipe também está trabalhando na recuperação da passagem subterrânea – que liga os dois lados das linhas férreas. O ‘corredor’  recebeu um novo reboque, em seguida  será pintado, limpo, além de receber novo piso. Posteriormente, o acesso será fechado com vidro laminado de segurança.

No depósito, onde os forros estão danificados, será preciso substituir a madeira por material em cedrinho e com as mesmas dimensões. Já os sanitários terão equipamentos modernos, mas sem perder seu valor histórico. Nesta parte, serão acopladas cabines PNE para proporcionar sanitários separados para os dois gêneros.

O sistema de captação de águas pluviais - as calhas -, por sua vez, também em estado de oxidação, será totalmente substituído por tubulação em chapa galvanizada com pintura.

Memória Cultural

Com a obra, a Prefeitura  pretende remontar a textura e as cores originais do prédio inaugurado em 1915, além de reformar as estruturas deterioradas para transformar o principal cartão postal da cidade em um espaço cultural, turístico e de convício social.

As intervenções estão sendo feitas com muito critério para não descaracterizar o imóvel, que é patrimônio histórico tombado pelo Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo).  Antigamente a estação era um o principal ponto de referência da cidade e a intenção da Prefeitura é que no final do restauro, a Estação tenha a mesma beleza de antes proporcionando aos moradores antigos rememorar as boas lembranças de décadas atrás.