Na manhã da terça-feira, dia 5 de março, o prefeito Junior Finamore esteve em reunião com o Analista de Tecnologia do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), Paulo Sergio Lúcio, para discutirem medidas que possam ser implantadas para reduzir o problema de abastecimento de água em Louveira.  Participaram do encontro, o Secretário de Governo,  Hélio Braz de Souza, o chefe de Fiscalização, Planejamento e Saneamento, Sinésio Scarabello Filho  e a Chefe da Divisão de Meio Ambiente, Rose Mary Skelton. 

O prefeito Finamore falou ao técnico do DAEE da necessidade da construção de possíveis novas represas e informou que já há uma represa projetada que deverá suprir a demanda da cidade por cinco anos. “Estamos buscando o licenciamento ambiental junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) para darmos prosseguimento aos processos de  construção. Para isso gostaríamos de obter todas as informações sobre os procedimentos legais, afim de que seja dado andamento a esta obra o mais rápido possível”, diz . Outra luta de Finamore é para obter um aumento na outorga de captação de água para o município. Segundo Paulo Sérgio, este procedimento deverá ter início com duas etapas. A primeira é o Estudo de Viabilidade (EVI) em que técnicos do DAEE virão até Louveira para  estudar a liberação da outorga. A segunda etapa consiste no “Direito de Uso” que trata-se de um projeto de uso, realizado de acordo com a agenda ambiental  e conforme as Normas constantes daPortaria DAEE 717/96.

A sugestão do Analista de Tecnologia do DAEE, Paulo Sergio,  foi para que a Prefeitura formalize um cronograma de intenção da utilização dos recursos hídricos constando a captação pretendida para os próximos quatro anos. “Esta documentação será importante para o processo de autorização”, disse.

Dentre as questões levantadas pelo prefeito de Louveira esteve a possibilidade da perfuração de poços artesianos como medidas emergencial em alguns pontos da cidade.” Queremos fazer um teste na região do bairro Santo Antonio com a perfuração de dois poços”, disse Finamore, que foi apoiado pelo representante do DAEE “ Tudo é válido. Basta que seja feito de acordo com a Portaria 717/96 e nós aprovaremos”, afirmou.

 DAE  de Louveira  planeja  ações

A diretoria da Divisão de Água e Esgoto (DAE) de Louveira, a pedido do prefeito Junior Finamore,  está desenvolvendo um  planejamento para reduzir o problema de falta de água na cidade. Estão sendo  definidas  ações em curto, médio e longo prazo, como a construção de reservatórios de distribuição.

A iniciativa mais importante, porém, é a preparação do Termo de Referência para abertura de licitação visando à elaboração do Plano Diretor do Sistema de Abastecimento, que além de constituir em um documento de avaliação das condições de abastecimento de água na cidade, deve orientar os investimentos nas obras de captação, adução, tratamento, reserva e distribuição nos próximos 20 anos.  “O nosso sistema de abastecimento é frágil e precário. Perdemos cerca de 50% de nossa água por decorrência de vazamentos no sistema de distribuição”, revelou o chefe de Fiscalização, Planejamento e Saneamento, Sinésio Scarabello Filho,

Ele explica ainda que uma área significativa da cidade é abastecida diretamente da ETA, sem contar com reservatórios de distribuição que contribuem para o abastecimento regular, além de muitos dos reservatórios existentes não terem volume suficiente. “Por conta disso, nós da Prefeitura somos obrigados a recorrer a caminhões-pipa para abastecer determinadas regiões, como o Bairro Santo Antônio e o Monterrey ”, explica Scarabello. “Nestas áreas, pretendemos construir poços artesianos para melhorar o abastecimento em curto prazo”, revela.

Atualmente, a ETA localizada na Vila Caldana opera no limite de sua capacidade ampliada, com vazão da ordem de 150 litros por segundo. Uma nova estação de tratamento, com capacidade de 200 litros por segundo, foi projetada e as obras já foram iniciadas.

Mananciais

O principal ponto de captação de água de Louveira é o córrego Fetá, afluente do rio Capivari, cuja vazão no período de estiagem é insuficiente para atender às demandas atuais de Louveira. “Há necessidade de aumentar o abastecimento nos meses com baixos índices de chuva, com a construção de reservatórios em pontos adequados”, explica Scarabello.