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Governo | 18/07/2013

Estação Ferroviária passa a ser administrada pela Prefeitura de Louveira

Foto: Jasso / PML

A Estação e a Subestação da antiga FEPASA serão recuperadas e transformadas em um importante espaço de convívio social. A área que abrange as duas estações passou a ser administrada pela Prefeitura de Louveira desde a tarde de segunda-feira (15 de julho), após o prefeito Junior Finamore assinar o termo de concessão junto à Superintendência do Patrimônio da União em São Paulo, órgão vinculado à Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento.

Com a cessão, a administração municipal fica responsável pela manutenção, conservação e restauração da estrutura existente no Pátio Ferroviário de Louveira por tempo indeterminado. A intenção do prefeito Junior Finamore é reformar a estrutura e utilizá-la para fins institucionais com espaço para o desenvolvimento de projetos culturais e sociais. Em sua opinião, Louveira vive “um marco histórico” com a retomada da Estação. “O pátio ferroviário foi por muitas décadas um espaço de convívio social, onde as famílias se encontravam e os jovens se divertiam. Aliás, muitos casais se conheceram nesses encontros e futuramente se casaram, ou seja, muitas famílias começaram ali e tudo isso faz com que a população de Louveira tenha uma ligação afetiva com a antiga estação”, relembra Finamore. “Reformar esta área será um marco histórico, um importante passo no resgate da memória social e cultural louveirense”, frisou.

Na análise do secretário de Governo, Hélio Braz, a assinatura do termo de concessão é “um importante passo para resguardar a memória de Louveira”. De acordo com ele, a revitalização da antiga Estação FEPASA promete atrair ainda mais turistas à cidade e promover um “verdadeiro impacto urbano” na região central da cidade. “Trata-se do ‘ponta-pé’ inicial para a elaboração de um projeto de reabilitação que vai renovar as áreas envolventes e trará um verdadeiro impacto urbano ao centro da cidade”.

A reestruturação, no entanto, não poderá ser efetuada imediatamente, conforme explica o diretor de convênios, Luis Henrique Scheneider. “Após a assinatura do termo de concessão, estamos trabalhando na elaboração do projeto de reforma, que passará pela avaliação do Condephaat para posteriormente começarmos o processo de licitação e execução das obras”, explica Scheneider. O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) é o órgão responsável pela proteção do patrimônio histórico e cultural do Estado de São Paulo, isso incluiu edificações, núcleos históricos e até mesmo bens imateriais. Portanto, qualquer alteração na estrutura do Pátio Ferroviário deverá passar por sua análise e, ainda, ser comunicada previamente à Secretaria do Patrimônio Histórico da União (SPU).

 

História da Estação

Inaugurada oficialmente no dia 11 de agosto de 1872, a então denominada ‘Estação Capivary’ foi a primeira ‘parada’ do Trecho Jundiaí-Campinas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (C.P.E.F.). Vinte anos depois, a ferrovia foi adquirida pela Estrada de Ferro Sorocabana e a Estação Capivary passou a se chamar Estação Louveira (já que havia sido construída uma estação na cidade de Capivari).

Conforme a empresa ampliava as suas linhas e a economia cafeeira se expandia, outras estradas de ferro foram sendo construídas e, em 1980, a Estação Louveira se torna o entroncamento com a Companhia Itatibense de Estradas de Ferro. Com isso, foi necessária a construção de mais uma plataforma para restruturá-la e adaptá-la à nova demanda.

Já entre 1914 e 1915 a linha férrea entre Jundiaí e Campinas foi duplicada, obrigando a mais uma intervenção na estação. No início dos anos 1920 a Companhia Paulista eletrifica a linha entre as duas cidades e constrói uma subestação elétrica nos arredores da Estação Louveira.

A decadência da Estação começa no início dos anos 50 quando a Estrada de Ferro Carril Itatibense retira as suas linhas e decreta o fim da baldeação da ‘Paulista’ para a ‘Itatibense’ em Louveira. O local perde função e na década de 1970 é desativada pela Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA).

Hoje, a estrutura está abandonada e em processo de degradação.  Porém, este cenário irá mudar nos próximos anos. Com a cessão de uso para a Administração Municipal, a Estação e a Subestação serão reestruturadas e reinseridas ao cotidiano da população, com o desenvolvimento de projetos culturais e a promoção de atividades sociais. 

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